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Oitavos anos trabalhando sobre o Tráfico Negreiro

Na semana passada, os alunos dos oitavos anos realizaram um debate com o tema “trafico negreiro”, com objetivo principal de aprofundar o tema, trazendo mais aprendizado aos alunos e ajudando a formar uma opinião própria.

A sala foi dividida em dois grupos, um grupo contra o tráfico negreiro e um grupo a favor. Cada grupo possuía dois advogados, que eram a voz do time, falando por eles.

No primeiro momento, os advogados deveriam apresentar um texto explicando porque o grupo seria contra ou a favor do tráfico negreiro, iniciando o debate. O segundo momento era um debate dos advogados, onde cada um apresentava argumentos em forma de pergunta ou afirmação para o outro time, que tinha que responder a pergunta usando argumentos coerentes. O terceiro momento foi a troca de perguntas entre integrantes de ambos times, quando um integrante de um time escolhia um integrante de outro time para fazer uma pergunta e vice e versa.

O debate foi muito importante para adquirir maior conhecimento sobre esse tema, conhecer como os escravos foram trazidos e o que eles passaram.

O poema abaixo foi utilizado na defesa contra o tráfico negreiro por advogadas do 8ºC.

Quem são esses desgraçados
Que em seu nome trazem fé
Que só possuíam alma
E que em culturas davam ré?

Quem são os amaldiçoados
Que queimavam homens vivos
E que não viam diferença
Entre homens e cabritos?
 
Quem foi o encarregado
Com unções de água e bíblia
Por ser o ser superior
E não acreditavam em “Outra vida”?
 
Por súplicas de socorro
Clamando em seu ouvido
Como sendo superior
Só via o próprio umbigo.
 
Da lâmina que fere da espada
Do chicote que a espora fere
Do sangue derramado
É só a fé que ferve?

Se a liberdade é livre
E dela ninguém tira
Porque foi uma lei
Que da liberdade se fez cantiga?

Quem são vocês que se alto julgam
Por ser melhores em exploração
Mas em seu corpo não possuem
Nem um pequeno coração?

Do branco, negro, amarelo
Da cor que não muda o ritmo da vida
Vocês em seu mundinho hipócrita podem ser o maior
Mas juntos somos melhor.

Nem hei de dizer o nome
Dos que me enjoam aos ouvidos
Com sua fé doentia
Infringiam dos negros a nostalgia.

(Texto e poema da aluna Isabela Brasil Correia)

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