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Tempo de Criança

Remexendo o baú de lembranças…

Quando pesquisamos a história de uma cidade, vamos encontrar muitas histórias para explicar como essa cidade começou. Essas histórias são passadas de geração a geração pelos antigos moradores do lugar. Algumas delas são documentos, pois estão registradas em livros, arquivos de museus, bibliotecas, cartórios, igrejas. As histórias orais, que estão na memória das pessoas, vão sendo modificadas cada vez que são contadas.

A 3ª série B organizou uma entrevista com um antigo morador, para saber como sua cidade se formou. As questões foram:

  • Como era o movimento de pessoas dessa cidade no passado? Justifique.
  • O que era bom em sua cidade?
  • O que era bom, mas perdeu a “beleza”? Por quê?
  • O que não era bom e hoje é belo? Por quê?

Leiam algumas entrevistas:

  • Nome do entrevistado: Alta Coelho.
  • Data: 08/05/07
  • Nome do entrevistador: Martha Julia de Carvalho Coelho.

Relatório da entrevista:

Antigamente eram poucas pessoas na rua porque não existiam tantas instruções sobre como é bom caminhar. Hoje em dia os idosos são muito mais beneficiados com encontros para idosos, baile da terceira idade e asilos melhores, em geral aproveitam mais a vida.

Já o atendimento para pessoas em geral é igual, as pessoas são simpáticas.

Antigamente a poluição era muito menor e a violência não era tão grande e com tanta freqüência, podíamos sair na rua a qualquer hora do dia ou da noite sem o menor medo.

Itajaí em chamas – Depoimento dado por Alta Coelho.

Era por volta das 7 horas da noite, já estava escuro, mas as chamas do fogo iluminavam a cidade toda.

Meu marido Anoé José Coelho foi de bicicleta ver o fogo de perto, fiquei muito preocupada e não fui para onde a maioria foi, fiquei em casa com meus dois filhos, Larissa e Murilo.

Na hora do susto deitei no meio dos dois e pensei: “Seja o que Deus quiser.”

Foi o maior medo da minha vida.

  • Nome do entrevistado: Fernanda Martins.
  • Data: 09/05/07
  • Nome do entrevistador: Gabriel Martins Corrêa

Relatório da entrevista:

No passado o movimento de pessoas na cidade era pequeno devido a dificuldade de se chegar aqui. Começou como um pequeno vilarejo com a exploração da madeira principalmente.

O centro da cidade tinha poucas ruas e poucas casas que ficavam ao redor da Igreja da Imaculada Conceição.

A cidade foi se desenvolvendo, foi construída uma nova igreja Matriz, a economia ficou mais forte e a quantidade de pessoas que vinham para morar aqui aumentou.

Surgiram muitos bairros, indústrias, a população aumentou muito, os meios de transporte ficaram mais acessíveis e o porto tornou-se a principal fonte da economia da cidade.

Hoje, com tanto desenvolvimento, a cidade não tem mais ares de cidade pequena, onde todos se conhecem e não precisam se preocupar com a violência.

Em muitos locais o meio ambiente não foi respeitado e a paisagem foi modificada e em alguns casos quase destruída.

Muitos investimentos foram feitos para embelezar o centro da cidade e também para tornar alguns lugares turísticos mais acessíveis. Alguns casarões antigos foram restaurados para preservar a história da cidade de Itajaí.

  • Nome do entrevistado: Maria Heidemann
  • Data: 09/05/07
  • Nome do entrevistador: Raquel Zaguini Furtado

Relatório da entrevista:

Quando conheci Itajaí, por volta de 33 anos passados, havia poucos prédios e edifícios (+ ou – 3 edifícios). O que movimentava a cidade era o porto, comércio de madeira e serviços em geral. O povo era muito religioso, e a cultura foi sempre valorizada, principalmente corais, festival de inverno e outras atividades. A cidade tinha um movimento pouco expressivo.

A pesca foi sempre uma atividade importante para Itajaí.

A cidade cresceu, a população aumentou bastante, hoje está em torno de 160.000 habitantes. Hoje está mais bonita florida arborizada, apesar de termos problemas de questões ambientais, mas hoje se respeita mais as árvores e as cidades nas ruas de nossa cidade. Os jovens (25 anos atrás) tinham menos respeito com as plantas cultivadas nas ruas.

O que era bom e perdeu a beleza… A calmaria da cidade que agora ficou agitada; o respeito das pessoas (com os jovens para idosos) que agora não são mais respeitados; hoje a cidade ficou violenta, agressiva; as janelas podiam ficar abertas mais agora não, as portas e janelas precisavam ser travadas; alarmes e cercas elétricas precisavam ser instaladas até seguro precisa ser pago para viver um pouco mais tranqüila.

O que é belo hoje: As ruas do centro da nossa cidade, os jardins; os quase 100% das crianças nas escolas (adolescentes) de 6 a 14 anos. Muitos jovens e envolvidos nas músicas, teatro, coral, danças. Novo teatro, festivais de músicas, a dragagem do saco da fazenda, os casarões antigos que são preservados; os museus, as igrejas e outros.

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