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Vigília Pascal do LEAS

Páscoa para crer, Páscoa para fazer.

Ressurreição, reflexão,
renovação. A páscoa é, certamente, um dos mais importantes feriados cristãos. Remete
a dois movimentos de libertação: o ?xodo, quando o Povo de Deus é libertado do Egito
e da escravidão à qual estava submetido, e a Paixão de Cristo, Cordeiro de
Deus, que salva e liberta a todos do pecado através de sua morte e
ressurreição.

A Semana Santa e as oitavas
de Páscoa são, portanto, momentos profícuos para revisitarmos tais passagens e
repensarmos nossa vida, nossos atos e nossa coerência, como cristãos, em
relação ao próximo e a nós mesmos. Este compromisso religioso e social foi
intensamente discutido e vivenciado por um grupo de alunos e professores do
Colégio Salesiano Itajaí, ao longo da vigília promovida na passagem da quinta para a sexta-feira
santa.

Os integrantes do LEAS ?
Laboratório de Educação Ambiental do Salesiano ? e convidados participaram
de uma vigília ambiental no Espaço Verde, onde o comprometimento religioso e social foi
pensado de forma integrada e direcionado a uma responsabilidade ainda maior: o
mundo em que vivemos.

Os trabalhos foram
iniciados a partir das 20:30h, quando os alunos e professores envolvidos alternaram
momentos de meditação e extroversão. Após uma descontraída roda de contação de
histórias, todos foram invitados a participar da missa proferida pelo Padre Arcângelo
Deretti, diretor do Colégio, onde reviveram com entusiasmo o ritual de
lava-pés. Finda a missa, iniciou-se a maratona de dinâmicas e oficinas envolvendo
temas como autoconhecimento, espiritualidade, meio-ambiente, responsabilidade
social e economia solidária. As oficinas foram oferecidas por convidados que
aceitaram o desafio de madrugar ao lado do grupo debatendo os temas propostos
em busca de possibilidades de construção de um mundo mais solidário.

A noite, de intensidade ímpar,
parecia encaminhar-se para o fim quando, próximo as 4:00h da manhã, os alunos
foram chamados a uma dinâmica de relaxamento no sentido de renovar forças, afinal
havia ainda muito por fazer.

Após o relaxamento foram
todos convidados a participar da via-sacra, a qual encerraria as atividades da
vigília. A via-sacra, no entanto, reservou surpresas. Montada em uma das
trilhas do local teve por tema a luta pela preservação do meio ambiente. A cada
uma das catorze estações, a paixão de Cristo foi ressignificada através da
alusão a nomes como o de Chico Mendes, Irmã Dorothy, Dom Pedro Casaldáliga e
grupos de ação e conscientização ambiental, os quais dividiam espaço com
representações de incompreensão e descuidado para com o próximo. A surpresa e
sensibilização foram visíveis nos corpos e olhares.  

Ao fim da via sacra,
iluminada já pelos crepúsculos da manhã, todos se reuniram no alto do morro,
com privilegiada vista onde os prédios da cidade eram imediatamente
contrapostos ao verde da mata. Cantos alegres, depoimentos emocionados e o
início da confecção de uma colcha de retalhos encerraram a vívida vigília, onde
o sono e o cansaço foram vencidos pela vontade, determinação e, principalmente,
união de um grupo que sonha, crê e faz.
(Profª Caroline Cubas)

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